quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Maré de boaventurança!

#MuseudaMaré Volta e meio retorno a esse lugar... volto às minhas raízes, e são sempre oportunidades para reflexão.  Desta vez foi ainda mais especial, pois fui participar de um evento onde estava o Boaventura!
Louco lembrar da minha família e da infância, das histórias vividas e ouvidas,  das transformações e das estagnações daquela comunidade que vi acontecer de perto, do processo de mudança que sofreu o crime organizado ao longo deste tempo, da apropriação de espaços, do crescimento do fundamentalismo religioso, da arquitetura peculiar que teve origem nas palafitas sobre a maré que veio a batizar aquele lugar... e tantas outras lembranças! Daí lembrei também de toda minha trajetória "pós-Maré", pessoal e profissional, que me apresentou à obra de Boaventura. Foi nele que bebi para tecer minha tese de doutorado. Agora eu estava diante dele e em plena Maré. Doideira. Nunca poderia imaginar.
Enfim, hoje lá estava eu juntando dois momentos tão distintos da minha vida e que em flashs se uniram naquilo que sou.
Nesse emaranhado de lembranças também tive recordações das tantas vezes que a assunção da minha condição econômica e social foi motivo de vergonha. Foram necessários anos para conseguir superar isso em mim e positivar minha narrativa de vida. Quisera eu ter conhecido alguns "boaventuras" antes.  Que bom hoje poder, como educadora, crer ser possível encurtar trajetórias sofridas em rumos de "boaventuranças" mais breves.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Estava escrito no maço



“Não há dose segura para o consumo de nenhuma dessas substâncias”, disse Ele um dia, inundado de sinceridades e medos todos.
O doido de tudo aquilo era que não havia tanto tempo para ter se constituído tamanho vício, tanto desejo dos dois, tanto encantamento. Talvez Ele tivesse mesmo razão quanto ao potencial de viciar das substâncias geradas entre eles. Mas, mesmo depois da advertência, lá estava a vontade enorme de tragar de novo.  Tragaram aos olhos dos passantes. Uma dose mais, era no fundo o esperado por Ela daquele dia encerrando-se em fervura de corpos, mas que a fria madrugada equidistante fez questão de apagar. O que terá se dado na cabeça dele naqueles últimos cigarros do maço? Para onde foram os sinais de fumaça que se mesclavam nos poucos grisalhos daqueles cabelos? Por que não se ouvia mais músicas com cheiro de nicotina e sabor de beijos quentes? Não sei. Talvez Ela saiba. Entretanto, Ela não quer saber de tamanha lógica, prefere o sentir e o lembrar. O único que soube por tê-la ouvido contar, é do que ficou nela. Restou a lembrança do odor de poesias pensadas e vividas em arrepios incontroláveis, naquelas parcas horas que fumaram-se em forte trago, como amantes do inesperado, envoltos no que parecia ser felicidade.
Fumar ou parar com o prazeroso vício de ter na boca o que se deseja? Continuar ou parar porque não há doses seguras para o consumo da vida? Sabotar-se fugindo do fogo do isqueiro é a melhor opção? Parar de consumir aquilo que ainda se quer é um dilema, são escolhas, reflete Ela sobre o fim. Ficou claro que Ele escolheu parar. Essas escolhas são de cada um, e não há nada que se possa fazer de efetivo, só lamentar. Essas são decisões que se toma individualmente, sem que os filtros sejam consultados antes de serem amassados no cinzeiro pela última vez.
Relatos de dependentes apontam que uma das formas de agir dos que fogem do vício parece ser o ato de virar-se e andar sem olhar para trás, sem despedida para melhor resistir ao último e ainda possível trago. Faz parte da escolha. Talvez assim doa menos, deseje menos. Ela faz um esforço enorme para entender e aceitar.
Ela agora sobrevive da crença na permanência das lembranças das figuras que se desenhavam no ar a cada baforada de fumaça durante as intermináveis e encantadoras histórias de vida. Assim como crê no lastro do lembrar do desenho de seus corpos, tal qual fossem apenas um, que permanecerão na memória afetiva do que outrora se chamou de nós. Serão lembranças guardadas naquilo que nenhuma advertência de maço conseguirá apagar, ficarão guardadas no coração. Isso aplaca a saudade.

domingo, 5 de novembro de 2017

Tua nua - série "Tórridas palavras"

Dormi nua em pelo desejando tua pele. Despertei e você ainda está aqui. Em mim.

sábado, 4 de novembro de 2017

Sabor de palavras de gozo - série "Tórridas palavras"

Ai como eu queria... sentir o eriçar de seus pelos ao leve toque da minha lingua em sua nuca...
Não satisfeita em se restringir à nuca, passa a percorrer as adjacentes curvas e nós do pavilhão.
E desce
E sobe
Torna a descer ate esbarrar, meio sem previsão, com mamilos de sutileza gentil, igualmente desejosos de lingua.
Entre indecisos direitos ou esquerdos, o lambiscar da ponta quer mais
E desce
Quer mudar de ideia e sobe.
Quer achar a outra lingua.
Se enrosca nela.
Quer toda ela
E essa outra lingua a deixa ir.
Quer compartilha-la com outras partes daquele corpo eriçado por inteiro
E ela desce.
Vai ao encontro do falo pulsante
Quer tê-lo
E cercada por um sorriso único,  a lingua faz sua dança
Gira, vira, vai e vem.
Quer mais
Ela se recolhe pra dar lugar aos lábios que agora envolvem o falo por completo. O delimita numa engolida gulosa
A lingua não deixa por menos.
Se ergue da boca.
Sedentamente lambe tudo a sua volta.
Quer tudo
Pernite apenas revezar momentos com a boca gulosa. Mas ela não para.
Vez por outra deseja subir ate a boca e vai... vai em busca do que a outra lingua tem a dizer
Volta
Quer o gozo do cio intenso.
Busca isso.
E faz o pulsar aumentar... quer mais.
E numa explosão de eriçar pelos por todo lado... jorra o mais sublime dos líquidos,  aquele que tem em sua essência a vida e os prazeres de corpo, alma e sentimento.
E lá está ela, a língua,  inundada de gozo e felicidade, e sem desperdiçar uma só gota, conta com a boca para guardar pra sempre em suas entranhas os sabores daquelas intermináveis horas.

Lábios de mapear estrelas na pele - série "Tórridas palavras"

Da constelação de pintas do corpo dela partem sinais de farol à ávida boca. Elas querem sentir o calor que da fenda emana.
Da nudez de céu sem nuvens e roupas, espalhados como no espaço, os nevos emitem desejo de simbiose explícita. Querem derreter como gotas de chocolate em massa quente, tórrida.
Ele começa a contar. O mapear amante perde a conta. Reconta. Era culpa do balé de estrelas, Ela não para e se contorce de prazer, e assim o céu parece se mexer. Era como se os pontos insistissem em fugir para o sempre recomeço. Os pontos querem ser seguidos por olhos, dedos, lábios, lingua e ponteios libidinais, sem pudor. Na entrega dos olhos fechados para o gozo, os pontos brilham mais, como se encravados na retina.
Chega, impossivel mapear. Os amantes percebem juntos que o desejo está na busca da contagem, e não no resultado final. E amanhã tentarão mais uma vez, até o não cansar. Agora querem apenas o hoje, querem o possuir de corpos unidos, tal qual fosse um, e os pontos acabam por se somar na adição  dessa entrega, como se não houvesse outro amanhecer para aquelas estrelas.

De quando a aridez vira poesia - série "Tórridas palavras"

Era árido. Sempre foi. Mas os dois, entregues a tamanho desejo, despejaram essência de seus corpos até inundar aquelas partes e deixá-las ainda mais sedentas de recebê-lo. No calor das emoções à flor da pele,  tornaram inóspito ambiente em acolhedor testemunho de tanto tesão. Fez-se quente noite de primavera. Foi inesquecível. Incrédulos e assustados,  mas felizes em seu íntimo, sentiram em seus corpos todo potencial que arde nos encontros avolumados de encantamento. Ficarão por horas a fio pensando naqueles minutos em que choveu, e assim puderam ver brotar erótica poesia.

Dos desejos que me despertara! - série "Tórridas palavras"

Quando entrar por aquela porta, quero despir-me diante de teus desejosos olhos, fazendo com que as mãos trêmulas insistam em me tocar. As impedirei, não é chegada a hora. Tirarei tuas roupas, pois quero ver-te por inteiro. Nossos corpos nus se aproximarão ainda incrédulos do que outrora era só anseio e agora concretiza-se em ardor. Na seda pela dos amantes, o calor funde as partes. Entrelaçar de nossas pernas, desejo. Vou querer vc, dentro de minhas mais íntimas partes.
Posicionarei vc de modo que possamos cavalgar na intimidade dos que ardem de tesão!
De quatro, sentirei suas mãos, as tais mãos trêmulas quase agindo por conta própria, mãos alheias... quero que suas mãos desejem meus cabelos e me alisem enquanto me penetra!
Daí vc vira o jogo e faz o que quiser de mim... vira e revira, lambe a assanha meu fogo. Serei plenamente sua.
Ah teu pau duro.... quero! Quero muito!
Não esquecerei de lamber vc enquanto tiro-lhe as roupas! Vou lamber. Vou chupar vc.
Fazer vc se encher de tesão e dúvidas de onde vai querer me amar, espalhando sua essência para levar a loucura
Quero sentir nossa intimidade... quero te reconhecer por gemidos e gestos... quero me ver em teu olhar de desejo. Quero fazer amor pulsante.
Muitas vontades surgem a cada encontro, a cada encanto.
Também tenho vontades... e elas afloram qdo te leio, qdo te ouço, qdo te vejo.
Onde estará vc agora? Atendendo aos anseios do falo que agora te domina? Quase posso ouvi-lo pedindo minhas entranhas.  Quente e rubro, num latejar de amantes em recém descobertas cobertas.
Quero arrepios, suores e gemidos concretos. Quero ouvir de tua boca o que o corpo fala.
A concretude de nós dois é um fato. Falo e Cavidade num encaixe de pele e sensações. Pulsação talvez seja palavra mais próxima, e essa segue em ondas de todo corpo em direção às quentes intimidades e nos marcará para sempre.

Bobagens embriagadas - série "Tórridas palavras"

Ah... já que ja disse bobagens embriagadas, agora escrevo em um sóbrio amanhecer ensolarado... nao sinto falta só do bom dia e do boa noite. Sinto falta de tudo! Sinto falta de tudo com vc!
Sinto falta dos tais tórridos momentos que nos marcaram desde o primeiro beijo de encaixe perfeito, e do enlace de corpos e passeio de mão alheia por minhas partes sedentas, naquela certa esquina, aos olhos curiosos e excitados dos acostumados taxistas das madrugadas quentes.
Sinto falta do seu gemido contido enquanto chupava vc e via o entregar das fronteiras de resistência naquela troca de prazeres sem palavras possíveis para descrever.
Sinto falta de tua língua em mim, sem pudores para me ter inteira.
Sinto falta de cavalgar tuas partes enquanto me olhava com sorriso nos lábios que deixavam escapar raras palavras.
Sinto falta das coisas que nos fizeram rir, das implicâncias e das bestices. Sinto falta dos papos políticos de grande aprendizagem. E até do mau humor sinto falta, pois era um desafio ao poder do meu carinho.
Sinto falta do fogo raivoso e cheio de afetividade que reacendeu minha tricolor paixão.
Sinto falta de te acompanhar num cigarro, num passivo ato de fumar tuas histórias, mesmo as repetidas.
Sinto falta de passar a mão em vc inteiro, acariciando tua felina pele que denunciava gozo epidérmico. Em especial, a pele da tua nuca e pescoço atraia minhas mãos e minha boca às caricias, pois sabia que dali sairíam as ordens de baixar as armas e me deixar entrar.
Sinto falta da embriaguez de dividir nosso álcool e nossos momentos. Vc sempre enchia meu copo e algo mais em mim. Desejava o pileque de ter vc em outros e mais goles. Bebia nós dois.
Sinto falta de me posicionar de quatro para que tivesse a certeza de ter-me a sua espera,  a invadir-me por completo até me banhar de vc em estado de êxtase líquida.
Sinto falta do teu rosto em fuga constante. O rosto que insiste em negar possibilidades de suavidade e calmaria, em pleno maremoto de viver. Afeita a arroubos de paixão,  te entendo. Marcada por dores de amor, compreendo-te. E por isso sinto falta... parecia que nossos rostos se reconheciam em seus mais íntimos medos, e por isso gostava de acariciar sua face, como se fosse a minha, num ato de acalmar meu/teu rosto e corpinteiro em fuga. Minhas mãos passavam em teu rosto pedindo um passo de cada vez para adentrarmos juntos num mar navegável, mas cheio de imagináveis monstros marinhos. Acreditava que seria possível vencê-los.
Entretanto, nada disso bastou. As sabotagens ganharam como tantas vezes tb as fiz ganhar das minhas forças. Entendo.
Nesse momento queria lutar, mas não sei nem por onde começar. Nem que armas ou estratégia usar. Entrego-me ao senhor do tempo, certa do risco de só restarem as faltas e as histórias de curta passagem de ventania de tangente amor.
Porém não pude deixar de escrever essas palavras que afligiam meu coração,  como um último suspiro de forças que se faz falho grito. Sentir sua inevitável falta inevitável fez-se vontade de despedir-me com esse palavrear besta (no nosso sentido único) e dizer que suas marcas de poeta estão e ficarão  em mim, até que o relógio e a bússola apontem outra solução.
Meu lindo e encantado poeta, até qualquer dia, numa outra esquina.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

De onde?



Ouvi algo assim aqui na aula: “Precisamos nos contrapor a narrativas única de forma positivada e negativando a narrativa que é trazida” Ah, como eu quis saber disso antes! Como muita coisa poderia ter sido diferente. Mas também, se assim fosse a trajetória seria outra...
Sou nascida e criada na Favela da Maré, hoje rebatizada de Complexo, um nome até adequado, dado o tamanho e a real complexidade que faz jus ao nome.
Ainda menina, sem saber bem o que acabara de me acontecer, passei no concurso para a então 5ª série do Pedro II. Era 1ª vez que me deparava com o mundo fora da favela. Como era enorme aquele outro mundo para além das ondas da Maré.
Por anos e anos me envergonhei de morar naquele lugar. Fugia do assunto, nunca quis ninguém me visitando, fingia e inventava histórias, tudo para que ninguém pudesse imaginar minha condição social. Mesmo que no Pedro II eu tivesse a chance de conviver com muita diversidade, até com pessoas mais pobres, eu não queria viver, me ver e me reconhecer naquele lugar, naquelas condições.
Eu inventava histórias fantasiosas (que naquela ocasião me recusava a chamar de mentira) pelo simples fato de não querer fazer parte de uma narrativa negativa que nos oprime a todos de lá, através da pecha de pobre e de favelado. Quantas e quantas vezes ouvi, ao se depararem com a verdade, a seguinte frase: “nossa, você nem parece favelada”. Essa frase doía, mas ao mesmo tempo me fazia pensar que estava funcionando a minha fantasia, meu disfarce.
Já na universidade, na vizinha Ilha do Fundão, ficava eu no ponto de ônibus me escondendo atrás das pessoas, pois todos os meus colegas de UFRJ passavam por ali, muitos de carro e vindos da zona sul. Era pura vergonha. Até que um amigo me viu, e no meio de todos fez um comentário infeliz, desses que fazemos achando que é brincadeira inocente, mas que matam os ouvidos de quem ouve. Saí correndo a chorar. Outro amigo, um pouco mais sensível, foi atrás de mim e me deu aquela “lição de moral”, apontando para minha trajetória até aquele momento, minhas conquistas e superações, afinal, eu era a favelada que a vida toda estudou em escola pública e estava prestes a me formar numa das melhores universidades públicas do meu estado. Neste momento, uma nova janela se abriu. Ainda não era porta, ainda não dava para passar para outro lado, mas através dessa janela foi possível ver outra narrativa sendo escrita, sendo desenhada.
Formei-me. Virei e me descobri educadora. Uma feliz e empolgada educadora. Hoje, curiosamente, ou não, me pego narrando essa história aos meus educandos frequentemente. Não pela bobajada de virar exemplo para ninguém, não acredito nisso, pois cada um tem sua trajetória e sua própria narrativa a ser escrita, mas talvez seja para dizer a mim mesma quem sou, e poder me orgulhar disso. Positivei minha narrativa ao meu favor e deu certo.
Ah sim, depois de ter sido “desmascarada” ainda permaneci alguns anos nas ondas daquela Maré, e pude ainda experimentar o gosto pelo não sofrimento que a mudança de narrativa interna me proporcionou. É neste ponto que acho importante contar toda essa história para meus alunos, e agora para vocês, pois lá atrás a escola não fez isso por mim. Ela não me favoreceu. Ela não me deixou ver que existiam outras narrativas possíveis, e que aquela condição socioeconômica (temporária ou não) poderia ter muitas faces, até mesmo a do orgulho ou a da motivação. Não é para carregar apenas na face da vergonha, do medo, da raiva, da revolta, da sensação de menos valia, da tristeza, da culpa... coisas que nos fazem crer de forma opressiva.
Para nós educadores, cabe a reflexão de que positivar as narrativas talvez seja uma brecha onde possamos atuar nesta luta por uma cidadania participativa mais efetiva e mais afetuosa. Os sujeitos em formação precisam, como eu precisei, se libertar dos rótulos de “pobres coitados”, “desvalidos”, “favelados”, “violentos”, “incivilizados”... etc. Estejamos certos que a narrativa negativa serve como uma luva nas mãos do opressor. E, venham de onde vier, os jovens precisam se perceber socialmente capazes e participativos na construção de seu próprio caminho. Não necessariamente um caminho para um sucesso material e acadêmico, mas um caminho cidadão, a quem também se destinam os direitos, mesmo que nos falte grana. Ninguém, com base em nossa “geografia social” pode nos dizer até onde ir. Positivar é preciso!
 Joyce Alves Rocha
Texto para apresentação no curso "O papel das emoções públicas para a política cultural da democracia" (IFCS, UFRJ, 2017)



domingo, 9 de abril de 2017

Por uma nova edição dos mandamentos de Moisés!

Aff, to legal de tanto discurso homofóbico travestido de religioso! Preciso desabafar!
Olha, percebo que o Deus dessa gente não parece nada com o meu!
Para alguém que julga, condena e pune o outro desse jeito, o deus deles (com letra minúscula mesmo) é um sujeito vigilantemente vingativo, punitivo, contraditório, até meio malvado e sádico, que espera para chegar no final e te mandar arder nos confins. E pior, ele faria isso só porque o cara é gay. Gay ama e não deveria importar a quem ele ama, é amor! Onde foi parar o mandamento que fala do amor no dia-a-dia dessa gente? Ele não era para ser um amor incondicional? Não rola uma contradição neste discurso?
Quero ser ousada o suficiente para sugerir uma necessária edição revisada e atualizada das Pedras do Moisés... é urgente e preciso acrescentar o respeito ao próximo como fundamentação à vida! Não só no discurso, tem que ser na prática diária (Moisés tem que botar um destaque em negrito neste tópico!!!!). Não quer amar, não ama (uma pena!), mas respeitar é o mínimo que se pode esperar de alguém adorador de Deus, que tem Deus no coração, nas palavras e nas atitudes.
Cada um tem o direito de ser quem é, o que quer, o que pode ser! É um direito! Simples assim!
Agora fica atento, se você, “hetero-convicto-não-pecador”, mantiver sua atitude em julgar, condenar e desrespeitar o próximo desse jeito, acho eu (na minha humilde opinião), vai ter que dar uma passadinha no endereço do “cramunhão” para prestar conta disso, hein! E se na tua lista tiver mais alguns pecadilhos que você faz quando ninguém está olhando ou quando esquece das sagradas escrituras... ai ai! Abre teu olho e veja bem a quem você verdadeiramente segue sendo assim e agindo assim! #ficadica!
Escolho meus amigos não baseada na categoria “sexo”, os escolho por seu caráter, sua dignidade, sua ética, seus princípios e valores, e por isso os amo!
Aos meus amigos, gays e não gays, o meu mais sincero respeito e o meu amor sem contradição! Namastê, porque o mesmo Deus que habita em mim, habita em ti e o saúda! Joyce Alves Rocha