quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

SÍndrome de prateleira




Não sei se é conjunção astral ou se só me dei conta disso agora, depois de anos sendo acometida por esse mal. Tenho uma amostragem considerável de amigas que sofrem da Síndrome de Prateleira...

Levanta a mão direita e jura de pés juntos que você é uma mulher que nunca teve em seu passado (ou presente) um homem que te adora, te quer muito bem, se preocupa com você, te admira, adora te levar para cama e que até abre mão de uma outra coisa para vez por outra te levar a um chopinho, um cineminha, um motelzinho...ótimo!!! Porém, tantas e tantas vezes deixa você na mão porque não quer perder a liberdade, estragar a amizade ou porque tem que voltar para a mulher e os filhos, ou mesmo (se casado com você) não te dá o devido valor porque está cansado e cheio de contas para pagar ou coisa parecida.

Se você é essa mulher que não encontrou um homem desses, meus parabéns! Agora, se já passou pela sua vida alguém assim, você sofreu ou sofre da tal síndrome!

Queridas amigas e amigos, atenção ao principal sintoma: se você é procurado apenas vez por outra, não importando seus desejos mais íntimos, você está sendo colocada (o) na prateleira, tal como um objeto, pelo qual até se tem carinho e apego, mas objeto. Cuidado! É muito fácil para o outro se nos posicionamos como sujeito passivo desse verbo e aceitamos o lugar que nos dão.

Esse joguinho é até muito legal quando os dois querem. Que não me deixem mentir os amantes de anos, que até comemoram com alegria suas bodas. Nesse caso, vale tudo! Mas nem sempre é assim. Tem sempre um que sofre e espera mais do que o outro.

Outro sintoma, e aí bem grave, é quando passamos a esperar que sejamos retirados da prateleira, que nos limpem a poeira e nos ponham em uso de novo, mesmo que sabidamente por tempo limitado. Nesse ponto de nossa conversa só posso te recomendar internação, ou melhor. “externação”. Vá lá fora, veja o dia, veja a chuva, veja o sol, veja que cada amanhecer é sempre uma nova oportunidade, veja o novo. O que você está fazendo aí esperando que ele (ela) lembre de você e te ligue?

Por experiência própria, experimentar o novo é uma sensação inigualável! Poder conquistar o novo, exercitar a sedução, poder se produzir para vislumbrar novos horizontes, poder traçar novos planos de vôo, poder decolar e aterrizar em novos territórios é definitivamente maravilhoso!!!!

Experimenta! Vá correr atrás de você, porque de acordo com a grande filosofia de botequim, não podemos esquecer... “a fila anda, a catraca gira, quem quiser volta para o fim da fila”.


Joyce Rocha

Um comentário:

Fêr disse...

É, me lembra alguém... Não sei quem, mas me lembra... Hehehe
Beijooooooooooo
Saudades dos papos
Ferzinha