domingo, 21 de abril de 2024

Decreto de amor para ser quem somos

 

 DECRETO Nº 057/2021 - DE 23 DE FEVEREIRO DE 2021 - Medidas de enfrentamento  da COVID 19. -

Fica decretado, posto que a chama do amor persiste em cada um de nós, que o homem está fadado às agruras e benesses advindas do instinto de amar e se refastelar de ser amor por si, em si e no outro, em todos os espectros possíveis, inclusive os recheados de realidades.

Que deixemos acertados aqui que, do âmago de cada ser, o amor jamais deixe de ditar as regras de se entregar ao porvir, aceitando as janelas grandes que se abrem diante de tamanha força e luz amorosa. Que aceitemos fazer do amor a verdadeira janela daquilo que se abre na alma daqueles que, ao amarem corajosamente, sejam capazes de espantar e esgarçar as sombras que insistem em escurecer os dias cinzentos, ao despertar de uma madrugada de estrelas sonhadas.

Acredita-se que, uma vez iluminado pela luz das almas amantes, será possível desvelar que a força do amor se fará do saber amar atento, doce e constante, a despeito do amargo das dores de uma vida em tragos traumáticos que insistem em gerar refluxos ao longo do percurso. Dito isto, espera-se que os goles de amor em doses diárias, possam adoçar tamanho azedume, sarando aos goles o trato com doçura.

Com fins de se fazer um desenho metodológico, quase gramatical, do regramento destinado ao homem, fica decretado que, de todas as conjugações possíveis para o verbo amar, a melhor será a certeza assertiva e totipotente do infinitivo que almeja ser tudo, mas sempre ruma para um futuro mais que perfeito, não aceitando o pretérito como opção. Que reste claro, ser sabido que só nos cabe o presente, e nada mais importa. Que saibamos acender as luzes do hoje para que se ilumine as manhãs vindouras com aquela mesma luz que brota d’alma.

Das regras fundamentas, quero destacar que não almejo que me cedas nada do que não lhe pertence de fato. Quero tão somente teu amor adjunto ao meu, em revisitação e construção constantes, para que, de tamanha força do processo, se faça fortaleza enchuvarada e inundada de luz a nos iluminar sem mais sofreguidão.

Ficando o dito pelo dito, fica decretado por fim, que amemos sempre nos entregar ao amor de forma plena, antes que a derradeira luz nos alcance, para nos levar para a eternidade, nos roubando a matéria, carne e entranhas, que outrora nos fez carnais e humanamente amantes enquanto duramos.

Joyce Alves Rocha

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