quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Uma reflexão sobre Educação Pública

Como hoje é dia do professor, é  dia de pensar. A escola pública obrigatória não é de agora. Ela nasceu no séc 18, na Prússia, é foi criada para sumária  manipulação de massas. Seguindo a linha de instrução para formação de trabalhadores espartana, a qual o castigo físico era um dos métodos impostos, a educação pública obrigatória rapidamente se espalhou pelo mundo, pelas mãos de governos despóticos. Para se ter ideia, um dos grandes amantes e defensores da educação pública obrigatória era Napoleão, por exemplo.  Ele dizia que era necessário criar um corpo docente capaz de formar "bons franceses" para o bem do seu poder. Fato, professores e curriculos podem servir muito bem a determinados interesses. A escola é usada, desde sempre, para propaganda politica, treinamento militar, fomentar ideias eugênicas, esvaziamento do pensamento critico, etc.
E assim, a escola pública obrigatória segue até os dias de hoje,  sendo constantemente considerada um espaço de controle social de grande valia à manutenção  do sistema.
Porém, ironicamente,  esta mesma escola, dada a capacidade de absorver cidadãos de todas as classes sociais, é de suma importância para as possibilidades de transformação social. Nenhum déspota é capaz de segurar o educador que efetivamente age nesta fronteira. É aí, na escola pública, nosso maior campo de batalha. Querem uma "educação bancária" e a isso não podemos  sucumbir.
Cabe a nós, educadores, irmos além do que qualquer governo quer de nós. Lutar por quebrar a lógica manipuladora é essencial. Nosso compromisso precisa ser com cada um dos sujeitos ativos que sentam diante de nós e que, no fundo, mesmo sem saber, sonham com uma educação emancipadora.
Pensemos nessas pessoas para diariamente nos reconhecermos como personagens significativos na vida de muitos jovens em formação. Deve ser por eles o melhor de nós.
Sigamos!
Joyce Alves Rocha

Nenhum comentário: