segunda-feira, 11 de março de 2013
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Nós e nossas mais diversas questões são inspiradoras de poetas e críticos de uma sociedade em transformação. Pausa para reflexão...
Mudanças sempre me trazem reflexão. Me peguei pensando como mudei nos últimos meses... Houve um tempo, recente e longo, em minha vida que não me sentia bem. Digo bem em um sentido bem amplo. Algo assim como: não sou bonita, não sou capaz, não tenho dinheiro, não posso isso, não posso aquilo...
Que eu me lembre, essa convicção me persegue desde a adolescência. A vida realmente dura, atrelada a uma série de pensamentos de pequenez crônica, deixaram marcas bem profundas que adentraram a fase adulta impregnando as minhas certezas.
Chegou a tormenta e eu estava em alto mar! Fui alertada que, ou descobriria rápido que era uma exímia nadadora ou ficaria eternamente esperando um bote salva-vidas, que tem como característica flutuar ao sabor das ondas – hora vindo hora se afastando.
Ao cair nas águas agitadas, mesclava longas horas na expectativa de ser salva com alguns momentos de batidas de braço. Com ecos de uma enorme torcida, aos poucos fui passando a sincronizar as batidas de braços com as de pernas e, como um despertar de um sonho ruim, me vi nadando intensamente. Nossa, Como sei nadar!!!!!! Pensei eu. Tudo bem que ainda não é um nado sincronizado com maestria, mas percebi que me salvei e que tenho força corporal e emocional para vencer até longas competições dentro e fora d´água!
Você a essa hora já deve estar se perguntando... Que salto?
Pois é, um pouquinho menos metafórica, vou explicar. No campo da beleza nunca me senti em condição de usar uma lingerie que valorizasse meu corpo (principalmente para mim mesmo), maquiagem que valorizasse meu rosto (já apresentando as marcas do tempo de descaso), e o símbolo da minha atual inspiração, o salto alto, que valorizasse minhas curvas das pernas e me desse outra postura. Confesso que não é simples esse processo. A pequenez quando sobe no salto ameaça me desequilibrar, mas mantenho a firmeza.
Em dado momento fiquei um pouco incomodada porque me questionei se não estava, de novo, fazendo só porque o outro gosta ou quer. Mas logo obtive a resposta que precisava. Estava sentindo um prazer enorme em me sentir mais bela, mais jovem e com outros atributos que não estava certa se tinha. Seduzir nunca foi problema para mim, mas agora sinto como se essa valorização da qual estou falando fosse antes de qualquer coisa uma sedução para mim. Hoje me sinto bem como se tivesse conquistando a mim a cada dia.
Levo mais tempo comprando, pensando no que usar, elaborando a melhor combinação de cores para colorir a branca pele (com destaque insatisfatório para área dos olhos), caprichando nos hidratantes e perfumes, unhas feitas semanalmente, e... subindo no salto.
Salto... nome sugestivo esse... acho que na verdade dei um salto a frente, um salto para cima, um salto para dentro... Entre uma desequilibrada e outra, vou aprendendo que beleza é o que temos de melhor para nós, para nós! Força nas braçadas!!!!!!!!!!!
Uma voz anunciou
Quando a chuva serenou em mim
Rompendo os limites as fronteiras
Sem sofrer razões pequenas
É o amor que nunca pune
E que não teme por amar além
Que nunca foge do que tem
Eu ouvi vir de lá
Como uma assombração
Que transmuta-se em ternura
É a loucura desvairada de um coração
Eu te amo no supremo da paixão
Eu ouvi vir de lá
Você chegou em mim
Um anjo veio me avisar
Do seu olhar de céu
Do seu beijo de sol
De uma revolução
Que consome coração
E traduz em mil palavras o que traz em si
Que revela-se como explosão
A felicidade se apoderou de mim
Ah! Eu te amo sem ter medo
Eu te amo sem receio
Eu te amo um absurdo
Eu te amo sem razão
Eu ouvi vir de lá
Rompendo as cordilheiras e o deserto só
Esmagando a solidão em pó
A constelação ficou brincando ao meu redor
Ah! Eu te amo sem ter medo
Eu te amo sem receio
Eu te amo um absurdo
Eu te amo sem razão
Essa é do meu amigo Igor Sanro